2008-01-08

Cloning, patching e healing

Algumas das ferramentas mais importantes que o photoshop disponibiliza são as que permitem retocar eficazmente fotografias. São o clone stamp, o healing brush e o patch tool e estão disponíveis através do menu de ferramentas ou da tecla S para o Clone Stamp e o J para os restantes (o menu ainda disponibiliza a ferramenta de remoção de olhos vermelhos.

Estas ferramentas são importantíssimas no retoque de imagens durante a pós-produção. Basicamente, permitem copiar umas zonas da imagem para outras. A diferença entre elas reside na forma como é efectuado a copia. Isso naturalmente influência o resultado final. É, no entanto, importante reconhecer qual o efeito de cada um para escolher eficazmente qual a usar. Por exemplo, hoje estive a reeditar uma imagem porque na primeira volta escolhi a ferramenta desadequada à tarefa. Escolhi o Clone Stamp quando na realidade o Patch fazia o que realmente queria.

Clone Stamp Tool

O clone stamp tool é provavelmente o mais comum e popular dos 3 que mencionei. O clone stamp tool efectua uma copia exacta do que está noutro ponto da imagem (ou em outra imagem!). Quando se utiliza, o primeiro passo é escolher a zona de onde se pretende copiar (utilizando a combinação alt+click) e depois pintar a zona copiada onde pretendemos. O processo de pintura utiliza brushes (pinceis) com todas as opções que estas nos oferecem, desde dimensões, dureza, opacidade e forma.

O único defeito que esta ferramenta tem é a criação da copia fiel do ponto escolhido, e é apenas defeito quando estamos a tentar clonar uma área que sofre variações de cor e iluminação. Porque a cópia é fiel ao ponto que escolhemos, as diferenças de cor e iluminação entre a zona escolhida e a zona pintada serão notórias. Daí ser muito comum usar a ferramenta para copias completas de objectos e não tanto para retoque de pontos. Também nestes casos, será usado com a opacidade a 100% e um pincel duro. Noutras situações é possível efectuar retoque eficazmente reduzindo a opacidade a um mínimo, tipo 8 ou 9% e usando um pincel mais suave. Se estiver demasiado carregado, corre-se o risco de perder textura na zona a pintar, e mesmo ser notório o trabalho de clonagem.

E este foi o problema q tive. Se bem que a primeira tentativa de edição foi apenas um tratamento rápido, a quantidade de manchas visíveis e as variações de iluminação e a perda da textura, essencial da superfície retratada, exigiu seguir outro caminho e refazer o trabalho.

Para findar a info desta ferramenta, vale a pena mencionar um detalhe. Nas opções da ferramenta há uma opção que e´"Use All Layers". Usar esta opção permite clonar áreas como se a imagem estivesse toda numa só layer (se tiver mais que um layer, evidentemente). Sem esta opção, era necessário seleccionar a layer de onde queiramos copiar informação, clickar com o ALt a zona de referência, voltar a layer em q estamos a trabalhar e pintar. Com o "use all layers", é copiado a informação
"à vista" das várias layers. Naturalmente, isto permite q a edição ou a adição da clonagem seja feita numa layer nova, se desejarmos.

Healing Brush

Por vezes, mais eficaz que o clone stamp, é o healing brush, especialmente se quisermos remover coisas pontuais , no meio de áreas mais ou menos uniformes, como uma burbulha numa face. O healing brush funciona da mesma forma que o clone stamp, essencialmente, mas é mais "mágico". O healing brush efectua a copia da textura da zona escolhida para a zona que nos pintamos. de seguida, ele analisa a zona pintada e o exterior a essa zona e calcula os valores de iluminação e cor para produzir uma transição suave. No caso de uma face, vamos buscar textura de pele limpa, mas sem alterar as transições de iluminação associadas à zona da face onde pintamos.

A ferramenta é excelente para corrigir borbulhas e sinais, limpar pontos de ruído do sensor, etc. Más porque verifica a zona exterior ao do pincel, surge um problema - se estivermos demasiado próximos de uma transição abrupta, o cálculo de luz e cor pode falhar. Para evitar este problema, deve-se criar uma selecção sobre a zona a editar, excluído a transição.

Spot Healing Tool

O spot healing é idêntico ao healing brush, exceptuando o facto de que não é necessário escolher um ponto para amostragem. É usado, de forma automática, a informação em torno do ponto pintado para criar os dados da zona pintada, incluindo iluminação e cor. Mais simples e eficiente para os pontinhos a remover (como o pó das películas digitalizadas).

Patch Tool

O patch tool utiliza o mesmo algoritmo que o Healing Brush, mas em vez de usar um pincel, a ferramenta é baseada numa selecção. Essencialmente, seleccionas de forma mais ou menos rigorosa a zona a corrigir, e arrastas a selecção para outra zona da imagem, com a textura limpa que queres. A ferramenta irá processar a zona seleccionada inicialmente com a textura da zona limpa, e com a iluminação e cor calculada. é óptimo para áreas grandes que requerem substituição completa.

Este foi a ferramenta que usei na edição (mostrarei melhor num próximo post) para corrigir os problemas que o Clone Stamp gerou, naquela situação concreta. permitiu corrigir áreas maiores, mantendo intacto texturas e variações de luz e cor, exactamente aquilo que necessitava.

Se nunca testaste este conjunto de ferramentas, recomendo um teste. São óptimas para o retoque, mesmo que básico, das imagens fotográficas que produzimos. E será certamente um novo ponto a adicionar ao teu workflow.

Se, no entanto, usar estas ferramentas são o teu dia-à-dia, tens alguma técnica porreira que pretendes partilhar? Se sim, deixa um comentário!

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