2008-05-23

A Holga Actualizada

Ontem em conversa com o Sérgio Azenha, ele apresentou-me uma série de novos modelos da Holga e entretanto descubri mais alguns. Para quem não conhece, a Holga é das câmeras fotográficas mais fabulosas que podem existir. Tecnicamente são caixas plásticas muito mal construídos, mas isso faz deles excelentes cameras inseridos no movimento de lomografia / toy cameras. Os defeitos de fabrico são verdadeiramente as suas virtudes. Imagens desfocadas, entradas de luz, forte vinhetagem...

Eu tenho uma Holga há mais de 3 anos. É uma camera de Médio Formato, e habitualmente uso-o para fotografar no formato quadrado, mas já inseri rolos de 35mm nela, o que permite preencher toda a área da película.

Actualmente existem os mais diversos modelos disponíveis - com lente de plástico ou vidro, com flash colorido, sem flash... Mas há mais e novos acessórios. Os mais recentes que descobri:

  • Holga com sapata para flash - Esta é talvez a versão que mais interesse despertou - ter a sapata para o flash significa que é possivel acopular um flash na sapata (mais rapido que o tipico interno que demora uma eternidade a carregar), ou um transmissor para um conjunto de flashes. Imagina as possibilidades criativas associadas!
  • Holga dourada - Eu pintei uma parte da minha branca, mas esta é mesmo o topo do "bling! bling!". Também em vermelho!
  • Stereo Holga - uma Holga em estéreo! Quem imaginou esta é génio, certamente!
  • Máscara de 35mm - As Holgas geralmente vem com duas mascaras - uma para o formato 6x6 e outra para o 6x4.5 (vertical), de modo a marcar correctamente a moldura da imagem na película. Agora, há uma máscara para 35mm!. Eu prefiro preencher as margens, mas para quem não gosta, eis a solução.
  • Holga panorâmica - se a vinhetagem a 6x6 já é fortissimo, imagina com uma versão panorâmica. Se bem que é estenográfico (pinhole), deve resultar...
  • Holga SWL  - com visor de nivel de cintura ... mais uma bem pensada, mas que deve ser difícil de usar de dia...

E a generalidade deles são tão baratos, especialmente pelo Ebay, que não dá para enganar!

2008-05-20

VerteX - novo modelador para flashes portateis

A Presslite desenvolveu um novo modelador para flashes portáteis interessante. Trata-se de um novo sistema de direcionamento de luz, um pouco ao estilo do cartão reflector colado no topo do flash. Como vantagem tem o uso de dois espelhos que podem ser redireccionados da forma como quisermos, permitindo dividir e redirecionar a luz em várias (duas) direcções. O sistema implementa um método de rotação dos espelhos que dá uma quase total liberdade no direcionamento.

No site da Presslite, há um pequeno simulador de forma de luz. Ainda não há é imagens dos resultados, mas será muito interessante ver isso

http://www.presslite.com/

http://www.presslite.com/gallery.php

fonte: Paulo Carrasco / Fotosensivel

2008-05-19

'The Photoshop Anthology' PDF

O SitePoint oferece por tempo limitado uma versão integral do seu livro "'The Photoshop Anthology' para download. Para tal, basta subscrever à newsletter.

http://www.sitepoint.com/popup/library/pop-photoshop-FREE.php

Perigos de stock - caso concreto

A utilização de imagens de bancos de imagens podem ser muito úteis para ilustrar conceitos. Mas quando são utilizados para fins publicitários, há um perigo evidente - se a imagem é livre de exclusividade, há o perigo que outra entidade utilizar a mesma imagem e para o mesmo fim.

Um caso concreto que o John Harrington apresenta no seu blog no post Assignment vs. Stock - Is Stock Risky? é o das marcas informáticas ASUS e MSI, usadas para publicitar os seus portáteis. O giro de isto tudo é q ambas as imagens tem um MAC, mas as marcar fizeram um esforço para disfarçar alterando a posição das portas e dos logos. Não optaram por contratar uma produção própria, e acabaram por usar imagens da mesma sessão para publicitar os seus produtos.

2008-05-13

Por LX

Vou estar por Lisboa nos próximos dias (até quinta). Qualquer coisa, apita. Gera do FS, mini-mini-encontro, amanha? :D

2008-05-09

Os Orfãos do Copyright

Vem aí uma desgraça para muitos fotógrafos. E uma perda de direitos terrível semi-camuflado. Nos estados unidos, os legisladores estão a preparar uma nova lei a respeito de imagens orphãos - imagens e conteúdos cujos os criadores estão desaparecidos. Em linhas gerais, Se uma entidade encontrar uma imagem (por exemplo na web) e após pesquisa legitima, não conseguir encontrar e contactar o dono, a imagem passa a ser considerada orphão, e pode ser usado pela entidade que pretende utilizar a imagem. Se o dono aparecer posteriormente e reclamar os seus direitos, terá um direito a indeminização considerada "justa" pela entidade que utilizou a imagem. Há algumas restrições nos usos, que visam proteger principalmente os fotógrafos ligados à industria dos casamentos e afins (por exemplo no uso da imagem em artigos úteis, como camisolas, pratos, etc...).

Inicialmente a lei foi pensada para auxiliar o trabalho de museus e bibliotecas, e para esse efeito parece-me correcto. O trabalho de reprodução para conservação, especialmente de trabalhos em estado de degradação, é muitas vezes barrado por se desconhecer o autor ou a localização do mesmo e que com o trabalho de duplicação, poderia haver infrigimento de direitos de autor. Para uso não comercial parece bastante legitimo e correcto, especialmente se estivesse contido nestes grupos - museus e bibliotecas.

Infelizmente as restrições não estão bem definidas - não limita o uso à idade das imagens portanto qualquer imagem criada ontem serve, não restringe o uso a uso não-comercial, nem restringe a utilização a museus e bibliotecas. Portanto aquelas imagens do Flickr, qualquer dia estarão a ser usadas numa publicidade a um produto qualquer, sem que o fotografo ou illustrador tenha recebido um pagamento aceitável pelo trabalho dele... incrível né?

Já vários fotógrafos se pronunciaram, especialmente ligados aos movimentos associativos americanos, e há extensos artigos pela web que justificam leitura. alguns são:

Uma citação do post do John Harrington:

Joe Keeley, previously the lead House Copyright Committee staff
member , has recently registered www.orphanworks.net (check that here) . Obviously, a little lightbulb went off in his head, when he noted when he received the APA letter, where, on March 15, 2006, APA cautions:

“ Within two weeks of the issuance of the Copyright Office Report on Orphan Works, nearly all of the domain names associated with orphan works were registered by commercial interests, in preparation for the profit-taking that will result if the legislation is passed without significant revision. Among them: orphanart.com, artorphanage.com, orphanedphotos.com, findorphanworks.com, and dozens of others.”

"...nearly all..." must have been an attractive concept. What was missed, was www.orphanworks.net, which Mr. Keeley, at some point after receiving that letter, registered. One must presume the best, and that it was done following his departure from his official duties, but, well, if nothing else, it appears to me to be bad form, at best.

Fiquem atentos....

2008-05-08

Guillermo Vega

Há publicidades geniais. O Guillermo Vega é um dos que produz os tais.

http://guillermovega.com/

Fotografar Casamentos... (parte 2)

Continuando do post anterior segue a segunda parte com mais algumas lições aprendidas no casamento de sábado:

Tem sempre um cartão com espaço suficiente (ou vazio!)

Uma asneira em que caí foi no momento do corte do bolo, ter tido o cartão já usado na máquina, em vez de uma fresca. Na abertura do champange, o cartão ficou cheio, e tive que o trocar à pressa (felizmente tinha-o à mão), mas mesmo assim perdi o momento do virar da champange para os copos (importante, teoricamente, em termos de toda a formalidade que uma boda de casamento tem). Portanto fiquei com a garrafa a abrir e os copos cheios...

Composição "in camera"?

Algo a ter sempre em atenção é que as imagens poderão (ou irão mesmo) para um álbum, que hoje em dia é geralmente produzido digitalmente. E como tal, as imagens não serão impressas uma a uma, mas numa composição que não segue naturalmente o formato de imagem. Como tal é necessário manter na mente que poderá haver necessidade de produzir crops e convém por isso manter algum espaço à volta das imagens. Eu esqueci-me um pouco disso e fiz os enquadramentos que desejava, com um corte mais forte.

Na igreja, apróxima-te

Para a igreja, melhor que uma tela será certamente a zoom normal. Na igreja, no momento do casamento / troca de alianças, é muito importante aproximar para captar melhor a acção da troca de aliança. De longe, a imagem é demasiado frontal e as mãos dos noivos tapam o detalhe da aliança.

Convidados em ambiente não obstrusivo

Uma das partes que mais me irritou foi a sessão com os convidados. Para já, as imagens são sempre a mesma foleirada a que dificilmente se foge - grupo posado em pé com os noivos. É sempre o mesma coisa - chamar o seguinte, pose, dispara um ou dois (para garantir uns olhos abertos entre outros detalhes) e "próximo!". Para dificultar mais, o raio do restaurante não tinha um jardim fantástico nem um ponto bonito para realmente efectuar as fotos. Tive que me ficar pelo arboredo assim-assim.

Claro, para piorar as coisas, o pessoal do restaurante lembrou-se que tinham de por uma mesa de buffet MESMO à minha frente, num espaço que já era difícil de trabalhar. E com a mesa vem as pessoas e o caos. E aquele era practicamente o único sítio onde o arboredo conseguia criar um fundo completo, sem ver as casas do outro lado da rua... Bem, um jeito para o lado até resolveu.

Pelos vistos a composição vertical é o mais comum para este conjunto de imagens, especialmente quando são 4ou 6 pessoas na imagem. Eu preferi as horizontais na maioria (preenchia melhor na minha opinião), mas o ângulo lateral também consegue por vezes captar aquilo que não se quer, que é pessoal na mesa lá ao fundo.... Fear not the spacey verticals!

Trabalho de equipa não obstrusivo

Trabalho de equipa é importante, mas mais importante é que ninguém impeça o trabalho dos restantes. Éramos uma equipa de três - um videógrafo (o mais experiente do grupo e que comandava as operações) e dois fotografos. O meu papel era como fotografo principal, e o terceiro elemento estaria dedicado apenas a captar imagens dos convidados para impressão. Problema - não ficou apenas com essa tarefa, mas esteve também a captar imagens em todas as sessões. Resultado - uma confusão de olhares da parte dos noivos (sempre a olhar para um e depois outro...).

Mais, um dos problemas frequentes que tive foi, com o trabalho de tele, ter o videógrafo á minha frente, constantemente. Nada bom, especialmente quando estás com uma tele. E quando sai de frente é porque deixou de filmar e os noivos retiraram-se da pose...

Evita a sessão nocturna com os noivos e não sejas herói

_MG_0741_450

Lol, esta foi complicada. Por via de alguns atrásos pós missa, a chegada ao restaurante foi algo demorado, e a dona do restaurante já tava muito mal humorada, especialmente quando indicamos que queríamos ainda levar os noivos a fazer a sessão juntos antes de começar a boda.Não foi possivel e não conseguimos adiar para outra data - portanto foi pós boda - fim de tarde / inicio da noite. Problema evidente - luz. Problema menos evidente - o vinho da boda.

O spot que escolhemos era muito giro - a quinta do noivo, mas tinha naturalmente o problema da iluminação. Tentei evitar as flashadas directas e nocturnas que são sabia o quão mau iam ser, e meti o flash com célula num tripé, tentando criar um gênero de borboleta e utilizaria o flash na máquina para preencher. Problema - acertar exposições não é fácil, guiando apenas pelo LCD e tendo que correr para trás e para a frente. Resultado - quando conseguia acertar a exposição, perdia a pose... e sem a luz, já de noite.. ouch. Grande herói, hein?

Conclusão

Naturalmente a maioria das conclusões tiradas poderão ser consideradas discutíveis. Mas espero que alguém que esteja para arrancar neste tipo de imagem possa aceitar esta análise e preparar-se melhor para a sessão...

2008-05-05

Fotografar casamentos... (parte 1)

O sábado foi o meu primeiro casamento - uma experiência que nunca tive, nem tinha grande vontade de ter, mas que tendo surgido, aceitei. Verdade seja dita, não é um tipo de fotografia que se insere num estilo que gosto. Gosto de produzir imagens, de compor tudo ao meu gosto, e não tanto trabalhar com o momento ou com o que há. Prefiro criar mais que reagir.

Mas como em tudo, há muitas lições a tirar. E como servem de dicas para mim, pode ser que sirvam para alguém mais:

JPEGS

Considero que os JPEGs são o formato ideal neste tipo de evento. É discutível, eu sei, mas o RAW é overkill. Durante o casamento fiz cerca de 7Gb de fotos, em jpeg, numa 5D de 12Mp - imagina se tivesse usado RAWS! Andei com uma serie de cartões de 1GB e 2GB, sendo que usei de 1GB em casa de cada um do casal. Deu para encher ou quase. Com RAWS, teria um terço do espaço a uso, e tendo em conta o tempo disponível (1 hora, aproximadamente em cada casa e directos para a missa) nunca teria tempo para descarregar as imagens e livrar o cartão (não tenho um disco com leitor de cartões).

Apesar de tudo, há um momento pelo menos em que disparar RAWs poderá fazer sentido - a sessão com os noivos já casados. No meu caso teria dado jeito porque a sessão foi já no final do dia (após a cerimónia) pelo que o escurecimento obrigou a usar flash(es) e a rapidez com que decorreu a sessão não deu para fixar completamente as exposições pelo que exigia pós produção. O RAW para essa pós produção é ideal, naturalmente.

De qualquer forma o JPEG é suficientemente permissivo, na edição. Não é perfeito e há perdas, mas enfim...

(AUTO) WHITE BALANCE

Ao longo do dia, a grande maioria das imagens são feitas em interiores - a casa do noivo e da noiva, a igreja, a boda... Interiores que não são estúdios significa condições de luz complexas. Muitas fontes de luz de temperatura de cor diferente, paredes coloridas que provocam colorização, uso de lâmpadas "economizadoras" que não são bem bem daylight... enfim.. um caos de cores de luz.

Nestas situações há duas formas de seguir - o primeiro é usar uma leitura manual de luz. fotografar algo branco (cartões, papel, etc) e usar a imagem como referência de branco. E funciona relativamente bem, mas exige alterações sempre que a luz mudar (e estamos com JPEGS e não RAWs).

A outra hipotese é usar o auto white balance e deixar que a máquina resolva o problema dos brancos, corrigindo a cor para o tom mais predominante. Assim, quando as condições variam um pouco, a máquina fica responsável para ajustar o branco, e , verdade seja dita, as máquinas já andam bastante avançadas a esse nível e corrigem bastante bem.

Eu, no entanto durante a grande parte da fase inicial do casamento tinha os brancos calibrados para flash, que não usei muito (mas que serve bem para daylight. E com paredes beiges e e janelas abertas e luzes acessas, deu um misto de tons que vão dar um pouco de trabalho a ajustar. Imagino como era com película....

Escolha de lentes

Usei durante a sessão uma 17-35, f2.8; 50mm f1.4; e uma 70-200 f2.8 IS. A máquina é full frame. Uma 28-70 f2.8 teria sido mais que óptimo e poucas vezes saíria da máquina certamente. Mas há situações bastante complicadas, e se a máquina tiver factor crop, deve então complicar mesmo muito! O médio formato nestas situações deveriam ser extremamente vantajosas, permitindo captar um corpo inteiro numa sala pequena mais facilmente, sem ter de recorrer às grandes angulares.

Acabei por usar principalmente a grande angular e a tele. A grande angular nos 17mm e full frame, são muito giros, dando o toque jornalístico comum a alguns fotógrafos. Criam algum dinamismo e tensão por si só. E também geram um certo efeito de encaminhamento do olhar para o centro também bastante funcional. Tentei usar nalgumas situações para dar um toque diferente. Não sei se a escolha foi a melhor (talvez não) mas na altura pareceu-me bem (ou então o único caminho a seguir devido ao pouco espaço existente).

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Por hoje é tudo.. mas eu continuarei com a parte dois amanhã ou além.

2008-05-01

WOW! A mooncruise* NEW magazine

Verdade, a mooncruise está de volta! saiu nova edição com novo look. Para quem não conhece, a mooncruise era na minha opinião a melhor revista online de fotografia. A presentava séries muito boas, muito emotivas. Depois, durante algum tempo, morreu. Mas está de volta, e ainda bem. Também há uma nova revista do genero associada - a AfashionMagazine.


www.mooncruise.com

Alguém interessado numa D70?

Estou a vender a minha DSLR Nikon D70, caso estejas interessado. Ou troco-o por um corpo Canon equivalente (tipo 20D).

A razão? Nem é por uma questão de upgrade, mas mais pela compatibilidade. Partilho muito material fotográfico com um amigo - o Victor Martins. Há objectivos comuns nos trabalhos que vamos fazendo, e portanto quando um necessita de material do outro, a troca é feita naturalmente. Geralmente é o material de estúdio, mas esta semana calhou ser cameras e lentes. E aí surge o problema da compatibilidade - eu uso Nikon, ele usa Canon. Naturalmente não é possivel usar as lentes nos diferentes corpos. Se fosse possivel, não seria necessário efectuar troca de corpos de máquina, mas apenas de lentes; aliás até permitia haver corpos extras para backup.

Porque ele tem, a nivel de camera e lentes a vantagem, tou a ver se consigo trocar de sistema. Nem é muito complicado - da Nikon apenas tenho o corpo da máquina, a18-70 de kit, a 10.5mm fisheye, e uma Sigma 15mm fisheye, que até consigo trocar por uma fisheye da Canon (um certo fotojornalista para quem fiz uma página e q recentemente mudou para o sistema Nikon... :P ). MEsmo os flashes - Metz 54MZ-4 - não requerem troca completa; basta trocar a sapata compatível com a Canon.

Portanto, se estiveres interessado por exemplo para ter um corpo de backup da Nikon (a D70 continua a ser uma excelente máquina), ou um kit para começar sem fazer o investimento completo que as novas máquinas exigem, vendo o corpo da câmera por 300€, e com a 18-70 fica em 550€;  Em alternativa, posso trocar por um sistema equivalente da Canon - tipo uma 20D que é da mesma geração ou 30D ou algo assim. Inclui 2 baterias extras, cabos, caixas e filtro UV para a objectiva. Como não faz sentido continuar com a 10.5mm, esta também estará à venda por 550€ (naturalmente após a venda do corpo). Havendo interessados num flash (ou flashes) posso também pensar no assunto.. Basta enviar um email - alho [at] miguelalho.com.

Para já, este fim de semana, vou aproveitar e experimentar a Canon 5D que encaixa muito bem nas mãos.... :P