2006-10-26

Exposição Man Ray : «Um sonho: Man Ray dos objectos às pessoas»

manray

Retirado de UA online


A Universidade de Aveiro, em parceria com a Fundação João Jacinto de Magalhães, traz a Aveiro a exposição fotográfica «um sonho: Man Ray dos objectos às pessoas». A mostra reúne 87 fotografias e andará pela cidade até 31 de Dezembro. Na UA, a inauguração é hoje, Quinta-feira, na Biblioteca, às 17h30.

Para além da Biblioteca, na UA a exposição estará patente na Associação Académica, no Departamento de Comunicação e Arte, no Restaurante e no CIFOP. No resto da cidade, os retratos de Man Ray irão invadir farmácias, cabeleireiros, bares e restaurantes, lojas de decoração e espaços culturais.

O Mercado Negro foi o local escolhido para o segundo momento inaugural, em representação da cidade, com início às 22h00 desta Quinta-feira, 26 de Outubro. A inauguração será acompanhada de uma tertúlia sobre a obra de Virgínia Wolf.

«É bom poder caminhar pela cidade plana e luminosa ouvindo o vento que nos traz outro Outono, procurando em cada esquina fotografias de Man Ray, como se cogumelos fossem, nascidos na noite anterior após nova chuvada.
Encontrar objectos e pessoas que vivem connosco há muito no sótão do nosso imaginário, e que agora, graças a magia que a fotografia domina, se instalaram por aí, na nossa cidade. Podia ser noutra cidade, mas não é, porque a Fundação João Jacinto de Magalhães e a Universidade de Aveiro assim o quiseram.
Pode ser Salvador Dali, André Breton, Ava Gardner, T.S.Eliot, Picasso ou Picabia que de repente podem estar a olhar para si no cabeleireiro, na farmácia, na livraria num hotel ou num restaurante.
Alguns destes personagens foram à universidade e gostaram. É certo que poderão ser vistas sozinhas ou em grupo na Biblioteca, no Departamento de Comunicação e Arte, no CIFOP, no restaurante, ou na Associação Académica.
Esta exposição está pensada com a lógica da montanha. Se as pessoas vêem poucas exposições, só resta a estas brotar como ervas daninhas entre os espaços de tempo livre que todos nós temos, tantas vezes secos e inertes de inactividade.
Quem tiver a alma de um caçador ou de um investigador, pode partir cidade adentro, munido de um mapa à procura de Man Ray.
Para além das pessoas retratadas poderão ser vistas outro tipo de fotografias, os Rayogramas. Tristán Tzara descreve-os em 1934 como: «São as projecções, surpresas em transparência, à luz da ternura, dos objectos, que sonham e falam enquanto dormem».Por tudo isto «Aveiro à volta do património» projecto que enquadra e suporta esta exposição, assume-se como um contributo para que se criem laços entre as instituições que têm como objectivo a promoção cultural. »
Prof. Paulo Renato Trincão (Coordenador do projecto)
Não se esqueça de consultar os locais de exibição da exposição. Espreite também a biografia de Man Ray, aqui.


Tenho que ir ver!

2 comments:

Anonymous said...

São fotografias originais ou impressões offset que estão expostas? é que não acredito muito que impressões em prata de Man Ray estejam expostas em Portugal sem que as grandes instituições de fotografia Portuguesas tenham tido conhecimento, não devem ser as impressões originais, devem ser como as exposições de sebastião salgado que correm por aí.
Ver Man Ray impresso em offset ou em serigrafia não têm nada a ver com as impressões de Prata originais, mas se forem mesmo originais avisa a malta que assim vamos ver caso contrário prefiro as impressões que tenho em Livro.
Devias realmente ter ido então era a Braga aos encontros da imagem onde podias ter visto então impressões originais da Farm Security admnistration entre outros trabalhos de renome mundial, mas acaba amanhã, esteve todo o mês de Outubro.

MytyMyky said...

UI! .. As imagens da FSA estavam por cá? Damn... Perder algo assim é muito mau! Bem,.. há sempre a hipótese de comprar uma ou outra à Biblioteca do Congresso...

Quanto aos de Man Ray, estou a supor que é tudo offset.. se houver algo mais pro original, será pela UA, mas como ainda n tive hipótese de ir ver, não sei. Até porque a localização de alguns pontos da exposição não seriam muito bons aos originais.

Por outro lado parece-me interessante, poder presentear toda a gente com a obra dele, independentemente do formato de impressão. Evidentemente não há o detalhe todo, mas há as imagens! Espero esta semana dar um salto a Aveiro e correr uma parte do percurso.