2007-07-29

Primeira parte - completa!

parte1_450

  • Estrutura
  • Fole
  • Back
  • painel da lente


A estrutura já esta completada, ou quase.. na realidade falta apenas adicionar um elemento de ligação entre o rail e o tripé. A peça está lá (a peça central no rail) mas falta adicionar a rosca de 1/4"... e que tenho de descobrir como vou fazer. Imaginei que uma chapa furada e enroscada com rosca de 1/4" seria uma possibilidade, ou uma porca soldada na chapa, mas o "grande problema" é mesmo a medida - 1/4" - ou seja uma rosca não milimétrica. Por acaso em tempos andei a procura na "sucata" da garagem por porcas do género e tinha umas poucas q guardei.. não sei aonde.. Mas a porca soldada a um a chapa metálica, fixa á madeira deve ser muito provavelmente a solução mais simples.

De qualquer forma, faltam essencialmente 3 partes - "Painel da lente (q farei apenas quando tiver a lente), o fole, e o back/suporte de película. O back e o fole são, sem dúvida, as partes mais complexas. O back tem de ser planeado de forma meticuloso para ser funcional. Tenho q ver onde posso orientar as chapas de molas para efectuar correctamente o movimento e fixação do suporte de película. Nas grande formato, o visor é o vidro despolido, sem nenhum tipo de material a obstruir a projecção da imagem da lente sobre o vidro. Depois de composto e focada a imagem, o suporte da película é inserida entre o corpo da maquina e o despolído, que se serve de molas para pressionar o suporte contra o back. Parece simples em teoria, mas o plano da película e do vidro tem de ser posicionado muito precisamente para preservar a focagem.

A outra peça importante é o fole, pois esta requer os materiais certos - tem de vedar a luz. A página do Phil San é bem descritivo - "blackout" no interiore outro material (Nylon) para a superfície exterior. Já a página do Joe Smigiel tem o passo-a-passo do processo. Foles costumizados comerciais ainda são carotes, portanto vou arriscar fazer o fole. Só tenho é de arranjar o "blackout". Se alguém tiver e quiser despachar, manda-me um comment ou um mail. Ou se souber onde posso adquirir em PT o material, também dava jeito ;)

A aventura continua! ... :P

2007-07-25

Model Mayhem, Jim Fiscus, e Photosynth

Model Mayhem - Lighting Setup tutorial

O fórum do site Model Mayhem tem um thread espectacular dedicado a iluminação, em que alguns excelentes fotógrafos colocam imagens e configurações de iluminação. Serve para a partilha de métodos e uma discussão técnica engraçada.

o link: http://www.modelmayhem.com/p.php?thread_id=96872&page=1

De referir, é possível descarregar através do endereço http://www.kevinkertz.com/fm/LightingSetup.psd.zip os ficheiros para criar os esquemas de iluminação. É um template porreiro, e no primeiro post há alguma info de como utilizar.

Entrevista a Jim Fiscus

O Altpicks.com tem uma entrevista interessante ao fotografo comercial Jim Fiscus. Uma leitura interessante!

http://altpick.com/spot/jim_fiscus/index.php

Microsoft Photosynth

E por fim, a coisa mais espectacular que tenho visto nos últimos tempos a nível de inovação. O Photosynth é uma aplicação de que recria espaços multi dimensionais com base em imagens. O espaço criado é navegável e permite analisar os pormenores com base na colecção de imagens recolhidas. Não se trata apenas de imagens recolhidas de forma propositada - são imagens aleatórias do espaço. Imagina recriar um espaço conhecido, apenas com base em imagens recolhidas do Flickr, por exemplo!

O TED.com tem um vídeo do discurso de apresentação da aplicação, pelo criador Blaise Aguera y Arcas. É realmente de ficar boquiaberto! E deposi quando estiveres mortinho para o testar, basta seguir o link http://labs.live.com/photosynth/default.html para experimentar a demo da aplicação. É verdadeiramente lindo a fluidez da visualização! 5*!

2007-07-24

4x5 Update

preview

Como adoro trabalhar madeira... Sério, gosto imenso apesar de não ter muito jeito. Felizmente há ferramentas porreiras para usar, que ajudam a evitar as desgraças maiores. E mesmo assim....

frames

Anyway, Dos progressos, já me percebi de pelo menos uma alteração importante a fazer. Os suportes em U vão ter que ser construídos de outra forma. Comprei uma fresa para usar no berbequim, mas é impossível manter o berbequim estável no montante, ou então a cabeça do berbequim perfeitamente vertical, e portanto o corte de fresa sai todo torto. Portanto vou passar a usar ripas coladas já com os espaços livres a ver se rende!

fresa

2007-07-20

What the Duck - o livro!



O comic mais querido por entre fotógrafos - What the Duck - agora está em livro! Para comemorar o primeiro aniversário da tira, o autor Aaron Johnson lançou a colecção do primeiro ano em livro. A não perder!

Le D.I.Y. 4x5

frame001

Decidi arrancar sem grande planeamento prévio, mas o suficiente para saber o q se está a passar, da maquina monorail 4x5! Estive algum tempo no AKI a fazer compras de alguma madeira e ferramenta para usar no processo; Vai ser divertido!

Também iniciei um thread no Fotosensível para documentar o processo e partilhar e discutir com colegas opções e dúvidas. Está numa área do forúm aberto ao publico, portanto todos devem ter acesso. Relembro que o Fotosensivel (FS) tem um "trial period" de 15 dias gratuito, para quem quiseres experimentar antes de se inscrever.

Ontem ocnsegui um back polaroid 545 (é de 4x5") no ebay, portanto essa falha fica colmatada. Falta só a(s) lente(s). Se alguém tiver uma 210mm disponível, ou mesmo uma 150 ou 180, avisa!

2007-07-17

Muita coisa com que perder umas boas horas!

Hoje foi um pouco louco - encontrei e apareceu-me tanta coisa interessante q secalhar não conseguirei divulgar tudo convenientemente Aqui vai:

MarioNogueria.com

O blog do Mário apareceu-me via um comment que ele colocou no post do DIY de Grande Formato. E ainda bem que apresentou o seu blog, que é muito bom e uma leitura interessante. Recomendo vivamente a leitura do post e links associados do Aberturas, Difracção e DOF.

Aprender a olhar

O Saisdeprata-e-pixeis de Madalena Lello tem um posto muito interessante hoje dedicado ao fenómeno da percepção intitulado "Aprender a Olhar" Este é um dos temas que em tempos tentei aprofundar, se bem que apanhei apenas levemente. Mas é de facto interessante tentar entender o fenómeno, incluindo o Gestalt.

29 Palms, CA

Da newsletter da unsaleable.com vem a noticia do trabalho de Stefanie Schneider - o futuro filme "29 Palms, CA". O filme terá como base principal Polaroids, que é a base de trabalho principla da fotografa, e incluirá Super8 e 16mm. Muito interessante a ideia, e lindíssimo o trabalho dela!

Aperture.org

Um dos livros que me chegou hoje (já irei referir) vinha com publicidade da revista Aperture. é publicada 4 vezes ao ano e perece ser MUITO boa. Cara, mas muito boa. Espero conseguir encontrar uma edição em momento oportuno para ver. a assinatura anual é cerca de $60.

Livros novos!

Hoje chegaram 3 livros novos, e espero poder falar melhor deles nos próximos dias:

  • Image Makers, Image Takers - Encontrei esta há dias na FNAC de Gaia e n levei na altura n sei bem porquê... (talvez o preço?). Mas decidi posteriormente encomendar. Em um livro com entrevistas a fotógrafos, editores, e curadores procurando ver o q os motiva e inspira. Conta com entrevistas a LaChapelle, Salgado, Von Unwerth, Alec Soth, entre muitos outros. Já li, claro, o de LaChapelle. Adorava que fosse mais longo, mas pelo menos assim não é cansativo de ler.

  • Guy Bourdin - tenho um numero limitado de livros de autor. Um dos que queria ter na colecção era Guy Bourdin, que foi um importante fotografo dos anos 70 em moda. Do pouco trabalho que tinha visto até hoje, gostei imenso. Agora tenho algo que posso usar como referência.

  • Diane Arbus - depois de falar sobre as imagem dela no blog, procurei mais sobre a autora e encontrei este livro. 80 imagens dela. Muito interessante. Já dei a primeira vista de olhos e sei que merece o olhar atento.

    One Minute @

    O One Minute @ é um novo projecto do meu amigo Paulo Carrasco. "An ordinary guy with some minutes to share". O conceito é muito engraçado, e espero ver a continuidade do projecto!

  • Sucata

    sucata_correct_117

    Eureka!

    normaloption

    Graças ao grande amigo Paulo Carrasco, encontrei finalmente a opção de manter as marcas da película na imagem scanada, no software da Epson! Basicamnete, ela anda escondida. No botão de preview, tem uma seta memso ao lado, q é um botão novo, e que apresenta um menu em que os thumbnails estão seleccionado. Bsta (é tãããããoooooo simples) seleccionar o modo normal, e a janela preview passará a mostrar toda a área iluminada pelo scanner. That simple!

    citando: "...borrego :D não lês os manuais! :D"

    Scans de processos cruzados

    Acho que posso contar pelos dedos o numero de vezes que consegui uma imagem decente com o processo revelado com o processo cruzado. E sobretudo penso que se trata de problemas de processo.

    O processamento cruzado tem por base a revelação de película em química "inadequada", nomeadamente a revelação de película de slides (positivos que requer químicos do processo E-6) em químicos usados para revelar negativos a cores (processo C-41). Na realidade o processo funciona, no entanto o resultado é um negativo. E dependendo da película, esta terá uma core base diferente da habitual laranja/castanho dos negativos a cores. No caso do Fuji Astia, o resultado é um negativo verde.

    Deste modo, apesar de termos uma imagem presente, temos as cores trocadas e contrastes alterados. Tradicionalmente, a impressão seria feita normalmente no laboratório, como para um negativo, mas com um ajusto de filtragem mais trabalhada para tentar aproximar as cores. E os resultados tendem a ser fabulosos, com cores ricas e fortes.

    Scanar é que mais "doloroso" em termos de processo. O facto prende-se que a generalidade do software procura a cor alaranjada da película para corrigir,e como não o encontra, os resultados são... esquisitos. E os softwares do scanner geralmente não tem uma opção de escolha para o ajusto automático das cores, porque não existe propriamente um ajusto correcto - a química destruiu essa opção, basicamente. Mesmo assim tem de haver uma forma de obter resultados minimamente satisfatórios para preparar a restante edição. Numa pesquisa, encontrei este thread no fórum do photo.net com uma sugestão de scanar como se fosse película preto e branco. Decidi experimentar e fazer comparações.

    cross_posScan
    cross_negScan
    cross_bwScan

    As três imagens em cima são as previsualizações para scans como película positivo, negativo e preto e branco, respectivamente. À esquerda são scans sem qq ajusto de cor ("reset" no software da Epson) e à direita é o scan com o ajusto automático. Como é visivel, como positivo temos a película no seu estado original - verde! Como negativo de cores, é feito um ajusto automático e que reforça em muito o contraste. O scan a preto e branco, ignora o cast alaranjado, e a correcção é mais ténue, mas mais "flat". O típico dos negs neste caso é a existência de uma componente arroxada em toda a imagem, ou pelo menos muito notável nos céus azuis fortes, especialmente nas transições.

    cross_bwAdjust

    Seguindo as indicações do post, efectuei os ajustes de pretos e highlights e gama (o que não é nada fácil na janela tão pequena do preview do Epson Scan). Efectivamente melhorou a imagem. Um contraste mais forte e uma ligeira saturação (10) finalizou o processo de ajusto para o scan (imagem de cima). A imagem scannada dava efectivamente uma boa base de arranque para a restante edição.

    No entanto decidi experimentar, parralelamente, outra ideia. E se scannado o negativo como positivo ou como negativo ou como película preto e branco, fizesse os restantes ajustes no PS, sobre a imagem base? O Neg é uma opção horrível - é muito difícil de efectuar os ajustes (pelo menos sem correcção automática).

    No caso da imagem positiva (verde) a imagem produzida ficou muito claro e arosado. Aplicando ajustos no histograma (ponto preto, e ponto branco), apareceram as cores "correctas" (ou pelo menso muito próximo do que poderia esperar). Duas curvas ajustaram o contraste para o seguinte resultado:

    cross_posPSadjust

    Um dos problemas do Epson scan, e que considero grave, é q o crop é sempre automático. É util, mas volta e meia há uma imagem da qual o software não consegue detectar correctamente, e é recortado demasiado da imagem. Nesse aspecto, o Silverfast é muito mais atractivo, e até permite manter as margens! Neste caso esse problema surgiu com a versão positiva...

    A outra tentativa foi com a versão scannado como preto e branco (a 24bits de cor).O processo ignora a inversão das cores, visto que já está correctamente colorido, e restringe-se à correcção de tons - levels para corrigir o ponto negro e curvas para o contraste. A curva do Cross-process do PS3 n resulta, infelizmente. duas curvas com o preset "Strong Contrast" resulta bem. O resultado com uma e duas curvas, respectivamente:

    cross_bwPSadjust
    cross_bwPSadjust2sc

    Com 2 curvas aplicadas, é possível que o contraste esteja demasiado agressivo. tem piada ver que com um black and white aplicado (e filtro azul, e amarelo ajustado) a coisa tb fica engraçada!

    cross_bwPSadjustBW

    2007-07-15

    Freelance Switch

    Freelancing, geralmente, não é fácil. E ter informação, muita informação, nunca é demais no auxilio da manutenção do negócio.

    Ainda hoje estive durante algum tempo a colocar uma resposta a uma pergunta sobre freelancing, no forum do Fotosensivel. Deixei lá um post extenso, essencialmente com as coisas que aprendi no último ano - não só com os erros cometidos, mas também com as dicas que aprendi lendo alguns blogs e livros - nomeadamente a do John Harrington e do Dan Heller, como também da experiência de amigos a trabalhar na área.

    Enquanto procurava um famoso posto sobre os preços praticado (top ten signs you may be charging too little), aprecebi-me que o site onde estava era dedicado ao tema de freelancing e tem muita informação útil. Para quem estiver na situação de freelancer, o site FreelanceSwicth.com pode ser uam ópitma fonte de informação auxiliar ao negócio. Muito útil também é a ferramenta de cálculo de honorários. Merece a visita contínua!

    2007-07-13

    D.I:Y. de Grande Formato

    kirby45

    Grande formato, especialmente o 4x5", é algo em que gostava de me aventurar. Cada vez que olho para imagens produzidas neste formato, especialmente as Polaroids, fico entusiasmado com a ideia de poder experimentar.

    Uma das opções, e viável, é a construção de cameras de grande formato. Há designs muito simples e eficientes, que permitem uma grande variedade de movimentos. Geralmente a única peça que tem de ser adquirido é a lente e por vezes o fole e os backs.

    Neste momento estou a ponderar seriamente me aventurar neste tipo de "puzzle". Já tenho um back de Polaroid 3-1/4" x 4-1/4" que usei para fazer o pinhole para Polaroids de médio formato. Este back é efectivamente para ser usado em maquinas 4x5" - adapta-se á maquina, mas usa papel num formato ligeiramente menor.

    Pela web, há muita informação sobre a construção deste tpo de máquinas. Há inclusive kits comerciais, nomeadamente o da Bender e o Bulldog (disponível no site da lomography por menos de €300). Mas construir, apesar de ser um processo relativamente demorado, sempre torna o mecanismo mais pessoal.

    Anyway, o que queria realmente apresentar neste post é o site produzido por Rayment Kirby, dedicado à construção de máquinas de grande formato. É, sem dúvida, a melhor apresentação que já vi num site deste género, e o texto tem muita informação útil que deve ser lida com atenção, por quem pretender realizar algo do género.

    Outra fonte importantíssima de informação é o site do Jon Grepstad com uma enorme quantidade de informação e links.

    Microsoft Prophoto

    ms

    A Microsoft produziu um site bastante atractivo ligado à fotografia profissional. O site do Microsoft Professional Photography contém uma série de artigos dedicados ao workflow de alguns profissionais, como os aplicados pela revista Sports Illustrated num jogo de basket (é extraordinário os meios empregues) e da National Geographic, artigos sobre questões técnicas de workflow, gestão de cor e backups, e galerias de profissionais seleccionados e biografias associadas. Merece uma visita pela qualidade da informação que apresenta!

    2007-07-12

    entrevista a Tod Papageorge


    O blog do fotografo Alex Soth tem dado especial atenção ao trabalho de Tod Papageorge, esta semana. Hoje foi publicado uma entrevista ao autor, e uma leitura interessante.

    A motivação? A edição do novo livro de Papageorge - Passing Through Eden - despertou a curiosidade em Alec para descobrir mais sobre o Papageorge. Há toda uma série de posts sobre o autor, apresentando imagens, e textos relacionados, desde os paralelos com Winogrand e Friedlander (que eram amigos), à sua ligação à poesia e a morte de Szarkowski.

    2007-07-09

    Polaroids

    Há algo de cómico em bloggar. Assim que coloco um post, consigo imaginar mais meia dúzia de potenciais posts. Como este...

    No ultimo post falava de Denis Felix e o seu trabalho em Polaroids. Imediatamente lembrei da grande fonte e informação que é o site da Polaroid. Além da informação tecnica sobre as várias emulsões, há a tão importante secção "Creative". Esta secção é virada para os artistas que utilizam Polaroid, os seus trabalhos, e técnicas de uso das Polaroid como meio criativo. Há muita informação muito boa sobre os produtos e técnicas de manipulação.

    Também nesta secção encontra-se o P Magazine, revista on-line dedicada à Polaroid e artistas que a usam, e que infelizmente acaba na sua 28ª edição. É pena que tenha acabado, pois eram apresentados muitos e bons autores. Nesta ultima edição destaco o trabalho de Polly Chandler, uma estudante finalista de fotografia, e que utilizou Polaroid 55 (4x5) na sua tese.



    A combinação grande formato e Polaroid é tão fabuloso. Basta olhar para as imagens. É o formato, a perspectiva, e a profundidade da focagem que se pode impor na imagem, e que por si só traduzem uma imagem agradável. Depois é a própria qualidade da Polaroid - a gama tonal que apresenta, o "efeito" de moldura que a descolagem impõe. É bonito, e único. E tudo isso,aliado à visão do autor, traduzem um fabuloso veículo de comunicação de emoções. é algo extremamente visível em retratos. A Polly demonstra-o bem.

    Unsaleable
    A próxima paragem pós inspiração foi ao site Unsaleable. É um genéro de loja on-line "especializada em Polaroid. Tem diversos especiais para o formato 600 e SX-70, com papeis enfeitados e afins. Também vendem as peliculas principais - o 55 (preto e branco formato 4x5"); e o q me mais interessa no momento - o 665.

    O 665 é uma película preta e branca de 3-1/4" x 4-1/4". É a dimensão do papel usado nos backs Polaroid para o médio formato, principalmente. Há, no entanto, backs para máquinas 4x5" mas que aceitam papel destas dimensões. Qual a vantagem? Possibilidade de usar um papel/filme de grande qualidade numa grande formato, mas a um preço bem mais reduzido, pois o papel é mais pequeno (e que, contrário ao 55 que é carregado folha a folha no holder, suponho, o 665 vem em packs). Semelhante ao 55, o 665 também produz um positivo em papel e um negativo em película, de óptima gama tonal, e reutilizável para contactos e ampliações. Infelizmente a Polaroid cessou a produção portanto o que existe os últimos packs. Pelo menos a 55 ainda não acabou...

    2007-07-08

    Denis Felix



    Já corri uma dezena de revistas do conjunto. Sem duvida nenhuma que a edição mais interessante até agora foi #314 (Out.'94). Um especial de moda com abundância de Thierry Le Gouès, Herb Ritts, Jean Loupe Sieff, Lilian Bassman (que desconhecia e gostei), e especial atenção ao Richard Avedon. Também da para reparar na importancia dalgumas modelos na época - Linda Evangelista, Kate Moss, Nadja Auerman, Cindy Crawford e a Claudia Schiffer.

    Mas neste post queria referir o Denis Felix. O trabalho dele aparece na #312 (Jul.-Ago '94). Denis é um fotografo que trabalha essencialmente com Polaroids no formato 4x5". Além de algum historial do fotografo (em francÊs, mas relativamente compreensível) é mencionado o "modus operandi" do Denis - camera Linhof Technika IV (4x5"), objectivas Symmar 210mm/f5.6 e 135mm/f3.5 (equivalente a 85mm e 45mm no formato 35mm), filmes Polaroid 55 expostos a ISO 40, com exposições que rondam nos 1/10-1/50s e aberturas de f5.6-f8. As Polaroid 55 são óptimas pois, além da imagem fixa em papel, ainda oferecem um negativo de grande qualidade e reutilizável.

    Há muito que gosto do trabalho em Polaroid e que apetece experimentar (falta é o 4x5" e algum dinheiro para investir nos filmes). Mas um dia hei de experimentar. Para já vou apreciando as imagens de autores como o Denis que conseguem criar excelentes retratos com o formato!

    2007-07-07

    Today was a good day...

    Lembrando o título da musica do Dr. Dre, hoje foi um dia interessante por dois motivos, principalmente. Primeiro, finalmente tenho som no meu veiculo. Já não preciso andar com o auscultador do mp3 no ouvido.

    Segundo, recebi uma encomenda "especial" - 53 edições dos anos 90 da revista PHOTO. Andavam no Miau umas 30 e a vendedora ainda tinha algumas a mais por lá. Há revistas até dizer chega! Agora, já só faltam umas 300+ para ter a colecção completa. É natural que eu venha postar sobre algumas imagens encontradas e/ou edições. :P

    2007-07-06

    Pontosi

    Hoje recebi do meu colega e fotog Paulo Carrasco (vejam o novo projecto dele!) um link para um site/loja online "novo" - o Pontosi. é um aloja de informática e fotografia, mas tem uma grande gama de produtos de iluminação, coisa rara de se encontrar em Portugal, ainda por cima, na web!

    A iluminação disponível é, na generalidade, produtos genéricos do género encontrado no Ebay, como nas lojas Ebay da Wallimex (alemã). São óptimas para quem procura um kit de iluminação de estúdio eficiente e sem gastar muito dinheiro. Também serve pelos acessórios, como as sombrinhas, para quem quer seguir os métodos Strobist e usar flashes compactos.

    Verdade seja dita, se procuras luz de estúdio, e não estás disposto a investir no material de topo - Profoto, Broncolor, Bowens, Elincrohm, etc. (que geralmente são mais rápidos, e mais robustos e mais potentes.. e mais caros! muito mais caros!) - este é o caminho. Conheço várias pessoas que tem kits do género e estão satisfeitos. Os pontos negativos deste tipo de flash é apenas ser um produto menos robusto, e mais lento (pode demorar de 2 a 5 segundos a recarregar, ao invés do <1 segundo de uma cabeça Profoto ) mas em contrapartida, consegues obter um kit completo ao preço de um acessório dos outros. Antes encontrava um outro defeito que era a limitação de acessórios, mas isso já não e problema! Alguns acessórios de iluminação até tem adaptação a sistemas de outras marcas.. talvez encontre o produto que já há algum tempo procurava. Eu para já vou vendo as caixas...

    2007-07-01

    Como lemos uma imagen?



    Acabei de ler o segundo capítulo o The Photograph de Graham Clarke. O título é idêntico ao deste post - "How de we read a photograph". Achei este capitulo muito interessante (é uma leitura relativamente "pesada" mas se tomado bem a atenção é enriquecedor).

    "Longe de ser um 'espelho', a fotografia é um dos modos de representação mais complexos e problemáticos. (...) Necessitamos de não só ver a imagem, mas lê-lo como uma representação activa de uma linguagem visual. (...) temos de nos lembrar que primeiramente é um produto do fotografo. É sempre uma reflexão de um ponto de vista específico (...). Segundo, no entanto, a fotografia codifica os termos de referência com que moldamos e compreendemos o mundo tridimensional. Portanto existe dentro de um contexto de referência mais alargado e relaciona-se a uma longa série de histórias (...)"

    O autor passa então a utilizar a imagem de Diane Arbus "Identical Twins" (1967) como exemplo. Apesar de ser uma imagem que à primeira vista parece simples e imediato - uma fotografia de gémeas verdadeiras - a imagem é na realidade um bom exemplo "da natureza difícil do significado fotográfico".

    À partida, a noção de gémeas verdadeiras sugere a semelhança entre as duas miúdas, quase espelho uma da outra. Esta noção também reforça o conceito da fotografia como um registo documental, o espelho daquilo que vemos. "Uma gémea é o reflexo da outra. Mas 'idêntico' infere 'identidade' e o retrato do ser limitado à presença superficial de uma única imagem. Os dois aspectos abrem uma lacuna crítica entre o que 'vemos' na fotografia o que é nos pedido para 'visualizar'.

    A colocação das gémeas contra um fundo uniforme e sem qualquer informação para contextualizar, quer a época, que a condição social, retira-nos a possibilidade que colocar os sujeitos num contexto. Arbus neutralizou efectivamente o 'espaço' e 'tempo', e portanto os termos da sua existência. (Este método também é típico de outros fotógrafos, como o Richard Avedon, o que limita a visualização ao retratado e o que a superfície do retratado nos transmite).

    O elemento que nos dá uma base de introduzir a analise é efectivamente o caminho que vemos na parte de baixo da imagem, e que corre a um ângulo. Isso reflecte a abordagem da Arbus ás gémeas - a foto não via ao encontro das gémeas de uma forma paralela a elas, as olha para elas algo de lado. "Então aquilo que a imagem começa a reflectir é que, como uma linguagem, o seu significado funciona não através das semelhanças, mas através das diferenças". E são as diferenças que nos dão a identidade. Quanto mais olhamos para a imagem, mais diferenças encontramos - uma está com o sorriso e feliz, a outra esta entristecida; os narizes são diferentes; as golas tem formas diferentes; as dobras dos vestidos são diferentes; as sobrancelhas, as fitas do cabelo, a forma do cabelo, o comprimento dos braços.. diferentes. E quanto mais olhamos, maior o numero de detalhes que encontramos que aumentam a tensão. Contrário ao titulo, as gémeas não são idênticas, mas sim diferentes, e portanto cada uma com uma identidade própria!

    Clarke continua no capítulo referindo Barthes e o ensaio "Camera Clara" e a visão deste sobre a leitura de imagens. "(...) ele identifica dois factores distintos no nosso relacionamento com a imagem. (...)studium sugere uma resposta passiva (...) mas punctum permite a formação de uma leitura crítica. Um detalhe na superfície perturba a unidade e estabilidade superficial, e como um corte, inicia um processo de abertura a uma analise crítica. Logo que encontramos o nosso punctum, tornamo-nos leitores activos da imagem. (...) O punctum permite-nos desconstruir, por assim dizer os [seus] termos de referencia, e alerta-nos para o facto que a fotografia reflecte o modo como vemos o mundo em termos culturais.

    Procurar no nosso "punctum" (palavra estranha, né?) será efectivamente aquilo que nos permite fazer uma leitura crítica de uma imagem. Por vezes aquilo que nos pode parecer banal, correctamente contextualizado e lido, pode abrir a nossa visão para algo mais alargado, e a visão que se pretende ter da imagem à nossa frente. Mas isto também leva-me a pensar sobre o mesmo conceito, mas antes de produzir a imagem. Será que o fotografo consegue encontrar o "punctum" na cena que está a retratar de forma consciente? De continuamente o encontrar e o utilizar nas imagens que produz? Hmm...